Monday, November 11, 2013

Um brinquedo raro






Eletrodomésticos?Sem serem rosa?

Antes que uma potencial shitstorm aconteça - sim, eu curti essa ideia.

Saturday, November 9, 2013

Mesa de Doces

Olá a todos.

Enquanto consumidor, eu gosto das compras onde o vendedor deposita certa confiança no cliente.Apesar de ser de uma área que cada vez mais automatize todo tipo de processo, desde a venda de uma barra de cereal até a fabricação de um carro, gosto de quando o vendedor não vê o cliente como um potencial ladrão, que roubará seu produto.

Em outro texto (o qual, se tiver mais tempo, postarei um dia aqui), comentei sobre uma padaria que, ainda em 2012, operava a moda antiga:Você pegava os pães e dizia o quanto precisava ser cobrado no caixa.Grande parte disso rodava em cima de confiança, e era algo que eu acho interessante.
A confiança no cliente é a base de vários pequenos negócios (sim, pequenos mesmo) espalhados mundo afora.Uma amiga minha, que morou na Alemanha, comentava que em algumas casas, era costume vender frutas posicionando-as fora de casa, com um cofre ao lado.A pessoa que quisesse eventualmente comprar uma fruta precisava apenas pegar a fruta desejada e depositar o dinheiro no cofre.

Já vi na TV um mini-mercado de alguma cidadezinha do Oriente Médio, que funcionava de maneira análoga.Em ambos os casos, percebe-se que a confiança no consumidor é algo essencial - nada impede do produto ser roubado ou que um valor menor ao preço seja pago por um consumidor desonesto.A coerção existente é algo muito moral, pois muitas vezes quem vende coisas nesse esquema precisa do dinheiro advindo da venda para algo bem importante.Não que isso torne o roubo mais ou menos condenável, mas é evidente que isso acaba mexendo um pouco na cabeça de quem roubaria algo desse tipo de comércio.

Após ouvir comentários de vários colegas, decidi visitar uma versão diferente desse tipo de comércio, que é uma mesa de doces, situada na FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP), conhecida como a mesa de doces da FEA.Parece que existe uma outra mesa, como essa, na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP), mas nunca a vi.


Mesa de doces da FEA.Foto tirada em out.2013

Para comprar algo na mesa de doces, é simples:basta pegar uma dada quantidade de doces, pagar o respectivo preço (no respectivo cofre), e pronto!

Vamos analisar alguns aspectos do modelo da mesa de doces.A desvantagem mais evidente é que existe certa facilidade para o roubo de produtos, já que não existe uma vigilância ou uma certa proteção.Outra desvantagem é que eventuais intempéries podem acabar estragando/danificando os produtos em exposição (imagine comer uma barra de chocolate que está exposta a 32º C).

A vantagem é que, quando o consumidor é honesto (o que tende a acontecer), o produto se vende sozinho.A honestidade pode ser atribuída tanto a própria índole do consumidor, que atrela o vendedor da mesa de doces a uma pessoa que precisa do dinheiro para algum fim, como quanto a uma certa coerção moral através das redes sociais (não é raro encontrar críticas severas a eventuais pessoas que roubem doces).

Para o vendedor, a evidente vantagem é que não se faz necessário muito trabalho para vender os produtos.Muitos dos vendedores deixam os produtos no amanhecer e vem recolher os dividendos e eventuais produtos restantes mais a noite.Ou seja, é uma certa renda extra (não acho que se ganhe o mesmo que um standzinho ou uma barraca de pipoca ganhe na rua), com um esforço mais reduzido.

Vale lembrar que o custo de administração da mesa de doces é muito baixo (senão zero), pois ela basicamente consiste de mesas deixadas ao relento.Não existe uma restrição a quem possa vender doces.Quem chegar, pode vender (se ainda houver espaço, é claro).

Para nós, consumidores, a vantagem se encontra nos preços.Muitas vezes, lanchonetes em faculdades e outros tipos de estabelecimentos valem-se de fatores como exclusividade (i.e. ausência de concorrência em um certo perímetro) e distância (por exemplo, ninguém gostaria de ter que andar 2km até uma outra lanchonete para comprar um salgado) para aumentar um pouco mais os preços.

Pelo que eu observo, os preços de doces vendidos na mesa de doces tendem a ser menores do que os dos seus pares, ao serem vendidos em lanchonetes tradicionais.Observa-se também uma maior diversidade de produtos, que vão desde produtos industrializados até doces artesanais.

Quando eu posso (e passo na FEA), costumo comprar algo lá.É uma ideia interessantíssima não só às demais faculdades que integram a USP como a várias outras organizações pelo mundo.Imaginemos um prédio de escritório, um banco, uma repartição pública.Nesses lugares, a aplicação desse conceito geraria tanto uma redução de custos administrativos (por exemplo, uma lanchonete não precisaria ocupar um espaço grande) como também um certo retorno aos funcionários (que recebem dividendos extras e produtos de boa qualidade). Creio que valha a pena pensar na expansão desse conceito para outros lugares.



Monday, October 28, 2013

Fio da Meada

Quando a gente estuda
Qualquer coisa serve pra nota chorar
Um enunciado copiado da questão ferrada
Tem muito valor
Aquele restinho da dedução que ficou na folha
Ou até sobre a carteira
Mostrando que aquela prova
Já foi o cenário de um grande temor

Refrão:
E hoje o que aconteceu me deixou mais triste
Um sadismo dela que existe
Me deixou de rec por décimos só..
Lembrei de tudo do exercício
De cada linha escrita
Aquele fio de meada comprido
Já esteve saindo pelo meu suor...

Quando a gente estuda
E não vive junto da meta amada
Qualquer nota à toa
É um bom motivo pra gente chorar
Engole-se seco ao chegar a hora
De ir para a revisão
A gente começa a esperar por compaixão
Na impressão de que a nota vá aumentar

(Refrão)

(Paródia feita a partir da música Fio de Cabelo - Chitãozinho e Xororó)

Saturday, October 19, 2013

Gasolina ou Álcool?

Olá a todos.

Desde que comecei a programar de maneira propriamente dita, peguei certo gosto por programas e plataformas/eletrônicos que sejam open-source (ou seja, cujo código fonte seja aberto).Via de regra, programas e eletrônicos open-source permitem que uma gama considerável de desenvolvedores criem programas e ferramentas (open-source também ou não) neles baseados.

Essa abertura ou não da plataforma, em conjunto com a liberdade de desenvolvimento, causa uma interessante divisão entre os usuários de programas/eletrônicos, especialmente entre plataformas móveis e nos tipos de produtos desenvolvidos, no comportamento do usuário, dentre outras coisas.No caso do Android e do iOS, é possível perceber em certos casos até a criação de um certo elitismo virtual.Isso fica para outro post.

Nesses tempos, criei um pequeno app para Android  que visa calcular se é mais vantajoso abastecer seu carro com gasolina ou álcool.Ele permite dois tipos de uso, um mais geral e outro mais preciso.

O uso mais geral toma como base o valor de 70% como o valor que um carro flex andaria, com um litro de álcool, em relação ao que andaria com um litro de gasolina.

O uso mais preciso leva em base o consumo médio do seu carro, com gasolina e com álcool, usando um raciocínio análogo ao do uso geral.



Screenshot do Aplicativo

Aos interessados, o APK pode ser baixado clicando aqui.

O uso se dá por conta e risco do usuário (ainda que eu realmente não consiga pensar em algo que esse app fizesse que trouxesse consequências catastróficas).

Até a próxima.

Sunday, August 11, 2013

Aulas do Telecurso no Youtube

Olá a todos.

Quando eu era menor, acontecia de vez em quando de eu acordar bem mais cedo do que o normal, lá pelas 4h30/5h da manhã.Como faltava sono e eu ainda assistia bastante TV a época (não que eu não assista mais, mas hoje em dia eu tenho mais ficado na dupla computador-aula), eu ficava vagando pelos canais.Um programa que passava nesse horário em especial que me interessava era o Telecurso.

Para os que não sabem, o Telecurso é um programa feito pela Fundação Roberto Marinho e pelo FIESP/SENAI/SESI, que veicula aulas sobre diversos temas, desde conteúdos programáticos do Ensino Médio até cursos profissionalizantes.Quando calhava de assistir o Telecurso, ele era veiculado bem na madrugada.Segundo alguns conhecidos, para que o público-alvo do programa estudasse o conteúdo antes de ir trabalhar.

Já vi, na minha antiga escola, algumas fitas VHS do Telecurso 2000.Talvez isso se deva ao fato de que a minha escola trabalhava com programas de educação de jovens e adultos (lá conhecidos popularmente como EJA).Enquanto estava nessa escola, percebia que Educação a Distância (vulgo EAD) ainda é um tema que causa certa polêmica.Enquanto alguns defendem EAD, como eu, outros criticam qualquer tentativa de educação a distância veementemente.

Claro, é meio problemático pensar em EAD quando atividades práticas necessárias a alguma parte do curso tornam-se extremamente difíceis de serem feitas.Ainda assim, ao meu ver, o EAD é uma ferramenta muito interessante para fornecer educação ao povo, ainda mais em um país de dimensões continentais como o nosso.

Enfim, navegando pelo Youtube (sabe-se lá o porquê), achei um vídeo da série de Metrologia, que falava sobre a calibração de micrômetros e paquímetros.A partir desse vídeo, descobri que o Telecurso tem um canal no Youtube, com vídeos e séries sobre os mais diversos assuntos postados.Alguns dos vídeos contam inclusive com legendas (para deficientes auditivos).

Para acessar as séries publicadas pelo canal do Telecurso, clique aqui.



Até a próxima.

Simulados Online do DETRAN

Olá a todos.

Fazendo uma pequena comparação entre sociedades, é possível observar que algumas delas apresentam rituais de transição da adolescência para a vida adulta.Ouvi falar de uma tribo indígena cujo ritual desse tipo, para os homens, era calçar um par de luvas cheio de formigas, algo desse tipo.Certamente, o ritual de passagem equivalente em nossa sociedade é tirar a carteira de motorista (tá, PPD já conta também).

Pelo menos entre os meus conhecidos, grande parte deles julga a prova do DETRAN como sendo uma prova tranquila, posicionamento do qual eu partilho.Ainda assim, é comum ouvir casos de pessoas que reprovam na prova, muitas vezes por nervosismo ou por um estudo do material feito de maneira não tão eficiente.

A prova do DETRAN varia de estado para estado.Em SP, por exemplo, são 30 questões, enquanto na Bahia são 40, segundo algumas colegas.

Uma maneira relativamente boa de se estudar para a prova é através de simulados.O Detran-SP fornece simulados online, gratuitos, sem a necessidade de um cadastro.Como quem fez a prova (e felizmente passou), as questões do simulado são do mesmo nível/iguais a algumas questões da prova.Vale a pena gastar um pouco de tempo fazendo os simulados.

Tanto pessoas que estejam tirando a habilitação pela primeira vez podem fazer os simulados, como as que estiverem renovando a carteira de motorista.Para mais informações, acesse a página de simulados clicando aqui.

Tuesday, July 30, 2013

Depende...

Como quem já fez técnico, posso afirmar que "depende" é uma resposta bem comum.Tal programa é fácil?Depende...Fazer tal coisa é muito difícil?Depende...Acredito eu que tudo no mundo pode ser respondido com as palavras sim, não e depende.

Usemos um clichê clássico para redações.Falemos sobre as minhas férias.Estudei?Sim, e como..Aproveitei?Depende...Aprendi?Depende...Viajei?Depende...Enfim, como se diz, todas as coisas são interdependentes entre si.Foram boas?Depende...

Tá, reconheço que, mesmo que seja uma resposta com vários usos, não é uma boa resposta, justamente por ser ampla demais.Aqui, nesse caso, justifico.Entrei em uma faculdade de engenharia, bem puxada.7 matérias, um semestre, tempo livre tendendo a 0.

Uma prova aqui, outra acolá, nabos em todas as partes (afinal, a vida continua a ser a mesma senóide que sempre foi, talvez a frequência tenha aumentado, mas enfim), e com muito esforço, fechei o semestre com três recuperações.

Algumas delas eu realmente lamentava, pois depois de tomar pau em alguma prova, é batata - sempre ficamos naquela série dos "e se's", em uma tentativa inútil de consertar o passado para consertar o presente.Outras foram motivo de se dar graças, pois travar a matéria tinha tornado-se um pesadelo mais distante.Não que se pegar fazendo a matéria de novo seja legal, mas é aquele velho ditado, mais vale duas recuperações na mão do que uma travada indo embora...

Ou seja, indo bem ou mal, eu faria as matérias que tivessem as matérias das recuperações como pré-requisitos.Não travar(leia-se travar como sequer conseguir ir para a REC) Cálculo tinha sido uma grande vitória, tanto por ser uma das mais temidas (não sem razão), tendo uma considerável taxa de reprovação e fazendo com que sua estadia mínima na faculdade estenda-se de 5 para 6 anos.

Enfim, confirmadas as RECs, eu tinha acabado de jogar a derradeira pá de cal nas minhas férias.Não que eu não tivesse feito isso no começo do ano, mas enfim.Minhas férias seriam destinadas, a força, para não repetir nenhuma matéria.

O tempo passou rapidamente, e claro, minhas férias não se resumiram a estudar.Saí com alguns colegas, passeei, dormi(quem passa por isso sabe que é um notável avanço!).Mas claro, sempre estudando.Também estudando algumas matérias das quais eu não gostava, em detrimento de estudar outras coisas que eu goste mais.Que droga.Enfim.(Sentimento de nerd, mas deixa...)

Assim como o tempo, as férias foram voando, e até consegui entender melhor algumas das matérias.Salvo por causa do vestibular, nunca tive que estudar nas férias por causa de recuperação (agora, quanto projetos anuais, é outra história XD).Foi uma experiência interessante, no geral.Eis que um dia, uma terça feira do final de julho, começa a semana das RECs.

Arduamente, as provas vão passando, uma a uma, até chegar o primeiro segundo seguinte ao final da última prova, quando seu inconsciente brada as demais partes do seu cérebro:LIBERDADE!Até que enfim, férias.

Férias?Depende...Apesar de não ter que estudar, os próximos dias seguiram-se com as revisões das recuperações.O sacrifício foi bem aproveitado?Sempre dependerá....

Depende?Depende...


Sunday, July 28, 2013

Pendrives falsos?

Olá a todos.

Pendrives, quando apareceram no mercado, despontaram como qualquer novidade tecnológica:Caros, pouco acessíveis e relativamente fracos em relação aos seus sucessores.Em um post anterior desse blog (A Informática em 2002), uma das propagandas as quais eu exibi era a de um pendrive de incríveis 64MB.

Em uma época onde armazenamento de dados portátil era quase um sinônimo de disquetes de 1.4MB, ter quase 50 disquetes no espaço de um chaveiro era algo de muito interesse.Talvez não tanto, porque não me lembro de muitos PCs com entradas USB dessa época (não me lembro nem do que eu comi ontem, mas isso não vem ao caso).

Como tudo que é caro e pouco acessível, os pendrives e outros dispositivos de armazenamento foram vítimas de falsificadores.Se os "alternativos" funcionassem, até poderiam ser engolidos, mas como não conheço nenhum caso bem sucedido de pendrives de 128GB do Viaduto da Santa Ifigênia, então é bom se manter afastado desses carinhas.

Uma dica interessante é observar que grande parte dos pendrives tem seu armazenamento dados em potências de 2.Por exemplo, 1,2,4,8,16,32,64 GB.Não existem pendrives com 50GB ou 100GB, algo que ajuda a eliminar alguns produtos falsos.

Mudando um pouco de assunto, acredito que o principal problema não são as falsificações esdrúxulas, mas sim as falsificações mais comuns.Leia-se por falsificações mais comuns as velhas histórias de:

  • Comprar um cartão de 4GB para o Celular, da marca X.Aparece um cartão de uma marca genérica, que tem aparência semelhante a do original, que começa a apresentar corrupção de arquivos.
  • Comprar um pendrive de 8GB para uso comum, mas ora chega um pendrive de 2GB reais, ou os arquivos são corrompidos com certa frequência.
Uma boa dica para evitar pendrives e cartões falsificados é, antes de mais nada, comprar esse tipo de produto em um local de boa procedência.Uma loja de confiança ou um site confiável são exemplos de locais de boa procedência.Eu mesmo prefiro comprar esse tipo de material no Mercado Livre, principalmente pela possibilidade que tenho de avaliar o que outras pessoas que compraram naquela loja afirmaram sobre os produtos.

Ainda assim, algumas fabricantes, como é o caso da Kingston, possuem sites e mecanismos que permitem verificar a autenticidade do produto comprado.Esse procedimento precisa do seu e-mail, e de alguns dados presentes na etiqueta do produto.A resposta sobre a autenticidade ou não do produto é bem rápida, normalmente segundos após o envio dos dados.Para mais informações sobre a verificação de autenticidade de produtos da Kingston, clique aqui.

A Sandisk, outra grande fabricante de pendrives e cartões, não dispõe de um serviço explícito para verificação de autenticidade como a Kingston, mas ao que parece, abrem margem para que dúvidas sobre a autenticidade de um produto possam ser enviadas ao suporte técnico.


Saturday, July 27, 2013

Editor de Fórmulas Online

Olá a todos.

Faz um certo tempo atrás, quando estava escrevendo o post do Pneu-Termômetro, deparei-me com a necessidade de achar um editor de fórmulas, para deixar as fórmulas da lei geral dos gases em um formato legal.

O BROffice Math editava bem fórmulas, mas como eu estava com um pouco de pressa, eu resolvi procurar um editor de fórmulas online.

Esse site permite a edição de fórmulas no formato Latex.Permite tanto a incorporação via HTML como também o download de um arquivo .gif com a fórmula.Vale a pena ver, especialmente se você estiver com pressa ou simplesmente com preguiça de usar um programa para desktop.

Exemplo de fórmula matemática gerada através do CodeCogs.

Até mais!

Thursday, July 25, 2013

HP's para Android [HP12C]

Olá a todos.

Uma das mais tradicionais empresas de TI (principalmente com suas impressoras, pois a depender de um desktop...), a HP também tem uma certa tradição na produção de calculadoras, principalmente científicas e financeiras.

Muitos bancários e administradores conhecem a 12C, uma das mais conhecidas calculadoras da HP, produzida desde os anos 80.

Uma HP-12C.Fonte: Wikipedia

Para mim, uma das coisas que marca na 12C é o sistema RPN (Reverse Polish Notation).Enquanto tradicionalmente nós digitamos, por exemplo, 2,+,2,= para retornar 4, através do RPN basta digitar 2,ENTER,2,+.Segundo alguns colegas mais experientes, o modo RPN é mais eficiente para calculadora, tornando a entrada de dados menos suscetível a erros.

Eu me lembro da primeira vez que eu fui tentar mexer nessa calculadora.Isso vira história de outro post.

Apesar de parecer uma calculadora simples, uma HP-12C é relativamente cara.Hoje em dia, ela pode ser encontrada por preços que vão desde R$200 até R$250.Ou seja, é algo um tanto quanto caro.Por isso, o uso de um software que simule (ou até substitua a 12C) torna-se interessante.

Um aplicativo que emula a HP-12C em celulares e tablets Android é o Andro 12c financial.Não cheguei a usar funções mais avançadas da calculadora, mas ao meu ver, ele se mostrou a melhor alternativa gratuita para simular a 12C, especialmente pela sua parte gráfica.

Ele pode ser baixado aqui. A versão gratuita exibe periodicamente uma mensagem incentivando a compra da versão paga, mas nada que incomode tanto a ponto de impedir o uso da calculadora.

No próximo post, eu vou falar sobre um simulador de calculadora gráfica, que não o Algeo Graphing Calculator.


Até mais!


PS:O mesmo autor do aplicativo tem uma versão online desse emulador.Veja-a aqui.

Saturday, July 20, 2013

Documentário - Câmbio CVT Toroidal

Olá a todos.

Desde pequeno, documentários eram um dos meus tipos prediletos de programas.Inovações, explicações sobre coisas do cotidiano funcionavam, enfim...


Uma das peças fundamentais para um automóvel é a sua transmissão, que leva esse nome por transmitir o movimento gerado pelo motor do carro às suas rodas.Um dos principais componentes da transmissão é o câmbio, sendo que existem vários tipos os quais podemos destacar (de maneira bem simplificada):


  • Câmbio Manual - No Brasil, é o tipo de câmbio mais comum.As marchas são trocadas pelo próprio condutor, através do acionamento do pedal de embreagem e do deslocamento da alavanca de câmbio.Hoje em dia, a maioria dos câmbios manuais possui 5 marchas.



  • Câmbio Automatizado - O câmbio automatizado é um meio termo entre o automático e o manual.Ele ainda possui a embreagem (peça que, nos câmbios automáticos, dá lugar ao conversor de torque).Circuitos eletrônicos presentes no câmbio analisam a velocidade e a rotação do motor, permitindo tanto a troca de marcha de maneira automática como também a intervenção por parte do condutor.



  • Câmbio Automático - É bastante comum em países como os EUA.As marchas são trocadas pelo próprio câmbio, sem a necessidade de intervenção do condutor.Alguns modelos de câmbio automático permitem a troca sequencial de marchas, onde o condutor pode escolher aumentar ou reduzir a marcha do veículo.Atualmente, grande parte dos câmbios automáticos possui ou 4 ou 5 marchas.Em carros mais luxuosos, é possível encontrar até câmbios de 8 marchas.



  • Câmbio CVT (Continuously Variable Transmission - Transmissão Continuamente Variável) - O câmbio CVT pode ser considerado como uma evolução do câmbio automático.É sobre ele que falaremos aqui (e também que esse vídeo fala).


No Brasil, o câmbio CVT é comumente encontrado em carros como o Nissan Sentra e o Honda Fit.Nas motocicletas, até onde eu sei, ele é encontrado em algumas das edições da Suzuki Burgman (scooters em um geral parecem usar mais esse tipo de transmissão).Não conheço muito as motocicletas para afirmar quais outros modelos também o usam.

Nesse tipo de câmbio, o conceito de marcha é redefinido.Todos os câmbios abordados anteriormente trabalham com marchas discretas.Trocando em miúdos, existe a 1ª marcha, a 2ª, a 3ª, sempre em números inteiros.Não existe, por exemplo, a marcha 1,5, ou a marcha π/2.

Apesar de marchas discretas tornarem o uso/entendimento desses câmbios mais fácil, isso acarreta um problema.Aos leitores que gostam mais de ler avaliações sobre carros (sejam elas dúbias ou não), vocês provavelmente repararam que, quando a potência do carro ou o seu torque são mencionados, é normal que haja uma menção a rotação na qual o torque ou a potência foram medidos.

Isso mostra que, dada uma rotação específica, o torque e a potência fornecidos pelo motor do carro variam.Apesar de parecer algo óbvio (afinal de contas, não se fala para pisar fundo no acelerador a troco de nada), existe uma consequência desse fato que muitas vezes passa desapercebida, que é a variação da eficiência do uso do motor, em conjunto com o consumo de combustível.

Imaginemos uma subida intermediária.Nada inclinado a ponto de permitir que apenas 4x4's arrisquem-se a transpassar, mas nada próximo de um plano.É possível perceber, certas vezes, que seria interessante que existisse uma marcha 1,5, ou até a irracional marcha π/2.

Usemos um exemplo de um jogo (tá, a imensa maioria dos câmbios automáticos de jogos não se aproximam tão bem dos reais, mas enfim...), o GT4.Uma vez, nesse jogo, estava com um Fiat 500 (o antigo), e ao subir uma das várias ladeiras do circuito Citta di Aria, percebi uma coisa interessante.Nessa subida, o câmbio começou a confundir-se.

O motor tinha potência suficiente para que o pequeno italiano alcançasse seus 30km/h em primeira, alcançando o limite de rotações do motor.Quando ele alcançava esse limite, o câmbio passava para a segunda marcha, na qual a potência já não se mostrava mais suficiente, fazendo com que o câmbio voltasse para a primeira, e assim sucessivamente.

Nesse caso, se houvesse uma marcha intermediária entre a primeira e a segunda, provavelmente teria sido possível subir a ladeira de maneira mais normal.Outro exemplo interessante de como as marchas podem atrapalhar um pouco a aceleração ocorre quando precisamos acelerar um carro até uma velocidade razoavelmente alta, como ao entrar em uma auto-estrada, por exemplo, ou até mesmo em uma ultrapassagem.

Como disse anteriormente, a potência e o torque fornecidos pelo motor são máximos em uma dada faixa de rotações por minuto.Como essas são situações que demandam a potência do motor, é interessante que essa seja aproveitada ao máximo, algo que as transmissões comuns, com marchas discretas, não permitem com facilidade.Veja um exemplo de curva de torque e potência aqui.

Os câmbios CVT permitem isso através de vários meios.Em especial, o vídeo abaixo, um excelente documentário do Discovery Channel, aborda a criação do câmbio CVT toroidal.Vale a pena assistir.








Até a próxima.



Wednesday, July 17, 2013

Calculadoras Científicas - Casio fx82-ms.

Olá a todos.

Faz certo tempo que não posto aqui.Tudo isso graças as três recuperações que peguei na faculdade.É, esse sentimento estranho do ensino superior, que mescla tanto um "P...... AEEEEEEE.....NÃO TRAVEI MATÉRIA N, VOU FAZER A MATÉRIA N+1!)" como um "Eu poderia estar estudando coisas mais divertidas, mas estou aqui estudando Desenho Técnico para não ter que fazer Desenho Técnico de novo ano que vem".

Enfim, depois que eu aprendi seno/cosseno/tangente, bem no finalzinho do fundamental, fui conversar com um professor.Depois de ter visto pela primeira vez a tabela de senos/cossenos/tangentes, eu perguntei se não tinha algo do tipo para ângulos quebrados, e se era necessário carregar uma dessa para fazer cálculos futuramente.Daí, no cursinho que eu fazia para a escola onde estudei no Ensino Médio (saudosa Federal), meu professor me mostrou uma calculadora científica.Não me lembro exatamente o modelo da calculadora em questão, mas era bem similar ao modelo da minha primeira calculadora, que era uma genérica da Casio fx-82ms (logo depois, ganhei a original):

Uma Casio fx-82ms.

A Casio fx-82ms possui alguns atributos e feitos notáveis. Para começar, pelo que eu percebo, se não é a mais, é uma das calculadoras mais pirateadas.Suas cópias apresentam funcionalidade similar a original, sendo que o que realmente pesa no final é a qualidade.A minha original está comigo faz cerca de 4 anos, e sequer tive de trocar as suas baterias.Suas teclas também estão em bom estado, e o visor, como se estivesse novo.Não posso dizer o mesmo da fx-82ms pirata, cujo visor já se deslocou do lugar, suas teclas estão visivelmente mais duras, e a calculadora como um todo já parece estar bem desgastada.

Outro feito notável dela é que é uma das calculadoras mais populares.Entre os meus colegas, sempre vi algum com uma HP-10s, e só vi uma colega com uma Sharp, mas a maioria das calculadoras eram sempre Casios ou suas réplicas.Quase como uma Volksrechner1.

As suas primeiras versões (as mais atuais, infelizmente, já não contam com isso) abriam margem para que, com alguns comandos, evoluíssem temporariamente para outro modelo da Casio, bem mais avançado, capaz de resolver sistemas lineares e trabalhar com números complexos.Para quem quiser arriscar, veja esse tutorial.Já ouvi falar até que existe algum jumper dentro da calculadora, que, se for modificado, ativa permanentemente esse tipo de função.

Enfim, o tempo passa e a dificuldade das coisas vai aumentando.Faz pouco tempo, descobri que essa calculadora era capaz de mexer com desvio padrão e variância.Estatística e probabilidade são alguns dos pesadelos que tenho até hoje com matemática.Felizmente essa pequena colega pode fazer esse trabalho de graça :D

Até passar em uma faculdade (Poli-USP, hell yea!), e começar a ter uma matéria, por muitos temida, que tem três irmãos.Cálculos 1,2,3 e 4.Dizem meus veteranos que o pior ainda está por vir, com uma matéria chamada Cálculo Numérico, que vem em paralelo com Cálculo 2.E ouvi falar que era possível, sim, lidar com essa matéria com a Casio.Mas que uma outra calculadora, com mais recursos, ajudaria bastante.Não sei se ajudará ou não, mas como tudo o que pode ajudar vale a pena se considerar, acabei "trocando" de calculadora....

(Continua no próximo post)

1-Volkswagen, em alemão, é como se fosse uma aglutinação de carro do povo (wagen = carro, Volks = povo).Rechner, até onde eu vi, é "calculadora".Então, Volksrechner, calculadora do povo.

Saturday, June 1, 2013

Pneu-termômetro?

Olá, leitores, tudo bem?

Faz um certo tempinho que eu não tenho postado nesse blog.Cheguei em um "dia de folga", onde me dei ao luxo de passar um dia sem fazer nada relacionado a minha faculdade.

Bem no começo desse ano, estávamos eu e o meu pai em um carro, voltando para a casa, quando precisamos parar em um posto para reabastecer.Era um dia quente, deveriam estar fazendo uns 32 ºC.Aproveitando a parada, decidimos calibrar os pneus.

No caso do pneu dianteiro, tínhamos que a pressão máxima do ar (em especificação do fabricante, com o pneu "frio") era de 28 bar, mais ou menos 28 atm, ou 2800 kPa, para os mais chegados do SI.

Ao plugar o calibrador no pneu, tivemos uma surpresa um tanto quanto interessante: o aparelho de calibração acusou que a pressão no pneu era de 29 bar.Teria o pneu se enchido sozinho?(Não, mas a pergunta retórica ainda vale).

Qualquer gás possui três variáveis importantes, que permitem, posteriormente, calcular o trabalho que a sua expansão/compressão possa fornecer/demandar, além de que, com base no fato de que essas três variáveis estão relacionadas entre si), descobrir o valor de uma em função de outras duas.Para tal, precisamos de uma adaptação da lei geral dos gases ideais, que encontra-se abaixo:


Onde P é a pressão do gás, V é o volume por esse ocupado e T a sua temperatura (em escala absoluta, i.e. Kelvin).De acordo com a lei geral dos gases ideais, o valor (PV/T) é constante para um certo gás.A partir dessa propriedade, podemos obter várias equações a partir dessa lei, que regem as transformações que um gás pode sofrer.

(Nota:Ah, mas cadê o número de mols?Tá errado! - No caso do pneu, não é tão interessante falar sobre o número de mols dos gases que estejam preenchendo o pneu.Pressão, volume e temperatura já bastam para a intenção desse post.)

Algumas dessas transformações são:


  • Isovolumétrica/Isocórica - Ocorre quando o volume ocupado pelo gás em questão mantém-se constante ao longo da transformação.Resta, portanto, a relação P/T, onde a temperatura é diretamente proporcional a pressão.Guardemos essa, em especial.
  • Isobárica - Ocorre quando a pressão (lembre-se do barômetro) do gás em questão mantém-se constante ao longo da transformação.Resta, portanto, a relação V/T, onde a temperatura é diretamente proporcional ao volume.Um exemplo legal aqui.
  • Isotérmica - Ocorre quando a temperatura do gás em questão mantém-se constante ao longo da transformação.Resta, portanto, a relação PV, onde a pressão é inversamente proporcional ao volume ocupado.Um exemplo interessante é brincar com uma seringa.Tape o buraco onde a agulha estaria encaixada com o dedo, e empurre o êmbolo para a frente.Você notará que, conforme a marcação (volume) da seringa for menor, mais difícil será empurrar o êmbolo para a frente.Isso ocorre porque a redução do volume acaba implicando no aumento da pressão, que por sua vez aumenta a força necessária para a compressão do ar.
Pois bem.Para tentar explicar o que aconteceu com o pneu (de maneira fácil), vamos supor que o volume do pneu manteve-se constante ao longo da transformação ou que a sua variação pode ser desprezada.Isso faz com que tenhamos uma transformação isovolumétrica, que relaciona pressão com a temperatura, e que permite o uso dos dados que temos em mãos.

Ainda por cima, suponhamos que a temperatura atmosférica na qual o pneu "esteja frio", seja de 25ºC, a temperatura ambiente.

Convertendo as temperaturas para Kelvin, temos que 25ºC (Tfrio) equivalem a 298 K, e que 32ºC (Tquente) equivalem a 305 K.Aplicando a relação das transformações isovolumétricas, temos:



Estando a temperatura em uma escala absoluta, não faz tanta diferença a unidade da pressão.A partir daí, obtemos os seguintes valores:


Espere.Podemos estimar o valor da temperatura do ar dentro do pneu?Sim!E, em uma situação ideal, ele seria igual a Tquente?Sim!O pneu, então, poderia ser usado como um termômetro?Sim!

Fazendo as contas, temos que Tquente é igual a aproximadamente 309K.Ou seja, a temperatura do gás dentro do pneu seria de 36ºC. Conclusão, um pneu não seria um termômetro muito preciso.

Ao meu ver, essa é uma aplicação interessante da lei geral dos gases.Para explicar a imprecisão do pneu-termômetro, poderia citar alguns fatores:
  • O significado da expressão "pneu frio" não diz respeito a temperatura, mas sim ao uso do pneu.Um pneu estar frio implica que o carro não foi usado antes da calibragem, justamente pelo fato de que esse uso, por trazer aquecimento (seja pelo atrito com o solo ou por outras fontes), tornaria a calibragem imprecisa.Essa imprecisão faz com que, em situações mais extremas, o pneu trafegue com pressão abaixo/acima da recomendável, o que é um risco a segurança do veículo e dos seus ocupantes.
  • Salvo alguns veículos antigos, a maior parte da área superficial de um pneu é preta, cor conhecida por absorver uma grande quantidade de calor (ao invés de refleti-lo, como ocorre com superfícies metálicas ou com a cor branca).Se o carro foi exposto a luz solar durante o dia todo, pode-se esperar que a temperatura dos pneus esteja levemente superior a temperatura ambiente.
  • Compressores de ar de posto de gasolina, em um geral, marcam a pressão do pneu em números inteiros.A ausência de decimais reduz sensivelmente a precisão do valor aferido (29 bar, no caso, poderia ser tanto 29,5 bar como 28,5 bar, o que afeta sensivelmente o cálculo da temperatura).

É um tanto quanto estranho pensar que um pneu de carro poderia servir como um termômetro, junto com o medidor de pressão (calibrador).Ainda assim, vale a pena tentar relacionar física com o cotidiano (e descobrir algumas coisas interessantes :D )


Até a próxima!










Thursday, February 7, 2013

Uma breve história sobre o aumento/redução de preços

Cenário: Banca de Jornal, próxima de uma padaria.Existem alguns jornais em exposição, que falam sobre aumento de preços, inflação, essas coisas do dia a dia.Temos o Cidadão 1 e o Cidadão 2, ambos bebericando um copo de café com leite.Vamos chamá-los de C1 e C2.

-(C1) Olha só que coincidência. A conta de luz vai cair, mas o custo da gasolina vai subir.
-(C2) Não é tanto assim!A gasolina só vai aumentar 4%, o diesel então vai ser mais ou menos 5%.
-(C1) Ué, mas o custo do quilowatt-hora dá mais ou menos 20 centavos.A gasolina tá em média R$2,60.
-(C2) Mas quanta gente tem luz em casa, e quanta gente tem carro? O povão se saiu bem nessa!
-(C1) Tudo aqui no Brasil usa diesel. Tem pessoal que usa gerador a diesel para ter energia, as poucas locomotivas que temos são baseadas em motores a diesel, caminhão e ônibus funcionam a diesel, alguns navios podem funcionar com óleo diesel.Gasolina então nem se fala, a grande maioria dos VUCs usa gasolina, uma parte dos táxis funciona a gasolina...
-(C2) São só 4%! A conta de luz vai cair quase 15%! Dá mais do que o triplo!
-(C1) Porcentagens podem ser usadas como um artifício matemático para atenuar aumentos.Olhe a diferença de preços.
-(C2) Vamos fazer o seguinte, vamos esperar para ver quem está certo.
-(C1) Ok.

Passa o tempo.Os cidadãos 1 e 2 encontram-se novamente na mesma padaria, bebericando outro copo de café com leite, e observam depois as notícias do jornal.Constam:Passagem de ônibus aumenta de R$3 para R$ 3,15.Fretes aumentam 5%.

-(C1) E aí?O aumento teve tanto impacto?
-(C2) Cara, deu uma apertada sim. Eu gasto mais ou menos 300kWh em casa, e economizei mais ou menos 8 reais.Agora, eu tenho de pegar quatro conduções por dia (ônibus e metrô, ida e volta), assim como a minha mulher.Os gastos adicionais com esse aumento foram mais ou menos 25 centavos por dia.Como somos dois, 50 centavos.Por mês, gastamos 15 reais a mais.Ou seja, o aumento de 4% na gasolina e o de 5% no diesel impactou mais.Gastamos, atualmente, 7 reais a mais do que antes.
-(C1) A passagem de ônibus aumentou, então...E o metrô também aumentou, mesmo com a redução da energia?
-(C2) Dessa vez o aumento foi por causa da inflação.Tentaram protestar contra a SPTrans por causa do aumento, mas eles falaram que o aumento dos combustíveis foi o responsável por esse aumento.Nem para baixar a passagem dos trólebus eles baixaram.
-(C1) Outra coisa que eu reparei é que algumas coisas tiveram um pouco de aumento, possivelmente por causa do frete.
-(C2) Meu vizinho tem uma Kombi a gasolina.Ele faz carreto, e também sofreu com o aumento.

Moral da história:Porcentagens podem enganar.


Wednesday, January 30, 2013

FLOPS

Olá a todos.

Recentemente, em um post, comentei sobre os supercomputadores.Eu deixei em aberto um termo, de cunho técnico, usado para medir a capacidade de processamento de um computador (tanto desktops como mainframes ou até simples calculadoras).

Esse termo é FLOPS (deveria ser grafado como FLOP/s ou FLOP.s^-1), e ele significa FLoating-point Operations per Seconds, ou Operações de Ponto-Flutuante por Segundo.Antes de mais nada, o que é
"ponto flutuante"?

Vamos usar a aproximação de π=3.1415 como exemplo de número.

Notemos que, em alguns dos países anglófonos, como os EUA, o ponto é o indicador de separação entre inteiros e decimais.Nós, ao fazermos contas na raça (ou seja, no papel), usamos o número da mesma maneira, para facilitar os cálculos.Todavia, para os computadores, é relativamente difícil querer representar 3,1415 dessa maneira.Você teria de definir um sistema que interpretasse o três como inteiro, e o 0,1415 como a parte decimal.Se elevássemos π ao quadrado, teríamos de converter parte do decimal para inteiro, o que seria ainda mais trabalhoso.

Ao invés disso, usa-se a notação científica.Por exemplo, 3,1415 e 31415 * 10^-4 são o mesmo número, ainda que representado de maneiras diferentes.O número de ponto flutuante é armazenado como dois números juntos, um representando a mantissa e o outro representando o expoente, ambos convertidos para binário.Para a execução de operações matemáticas, basta fazer a operação separadamente para a mantissa e o expoente, o que acaba facilitando o processo como um todo.Para os programadores Java, float e double são exemplos de variáveis de ponto flutuante, sendo que a diferença entre os dois é que o double fornece maior precisão em relação ao float.

Um FLOP representa, em grosso modo, uma operação matemática, algo básico para os computadores.Por representar uma operação matemática, podemos pensar que uma calculadora também é um computador, o que é é verdadeiro.A grande diferença é que a diferença dos FLOPS da calculadora para o computador é demasiadamente grande.Uma calculadora, para exibir contas instantaneamente para o usuário, deve ser capaz de executá-la em um tempo inferior a 0.1 segundo, o que faz com que uma calculadora deva ter no mínimo 10 FLOPS.

Um computador "normal" hoje, digamos um Core i3, pode chegar a 40 GFLOPS. (40 * 10^9 FLOPS).Um PlayStation 3, usado pela UNICAMP (se eu não me engano) e pelo Departamento de Defesa dos EUA para a montagem de clusters (redes fechadas de computadores para a execução de cálculos) pode chegar a 218GFLOPS.O maior supercomputador dessa época é o K Computer, um computador fabricado pela japonesa Fujitsu e que pode atingir 10.51 PetaFLOPS (1 PetaFLOP = 1 milhão de gigaflops, 10^15 FLOPS).

Até a próxima.

BOINC, Supercomputadores e Computação Distribuída

Olá a todos.

 Para você, caro leitor, o que é um super computador?

Não, não é um Core i7 com placas de vídeo de 2GB em Crossfire e um SSD de mais de 128GB.

Supercomputadores são computadores de alta capacidade de processamento e armazenamento. Eles possuem várias aplicações. Por exemplo, o ENIAC, a sua época (década de 40), era um super computador, que conseguia fazer 5 mil operações matemáticas por segundo e armazenar incríveis 198 bits, números irrisórios para a atualidade. A principal função do ENIAC era fazer cálculos a respeito de trajetórias balísticas, aproveitando o contexto militar no qual estava inserido.Graças a ele, cálculos que eram executados em 12h conseguiam ser feitos em menos de um minuto.

Seguindo mais para os dias de hoje, as principais aplicações dos supercomputadores encontram-se na meteorologia e na medicina. Na meteorologia, os supercomputadores são usados para a criação e execução de complexos modelos matemáticos que visam a previsão do tempo, além do estudo de previsões ambientais. O CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), instituição filiada ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais),  possui o Tupã, que possui capacidade de processamento de 258 TeraFLOPS.

Quanto a medicina, vale fazer uma breve explicação técnica sobre proteínas para destrinchar a função dos supercomputadores. Uma das substâncias que regem o funcionamento do nosso organismo são as proteínas, que são extensas cadeias de aminoácidos (que por sua vez são compostos baseados em carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio, simplificadamente). As proteínas, por serem moléculas muito grandes, podem assumir várias disposições espaciais, de acordo com as condições do ambiente no qual ela se encontra.

Para traduzir em miúdos, imaginemos uma "corrente inteligente", um monte de elos de metal unidos que podem modificar a sua própria organização.Podemos guardar uma corrente de várias maneiras.Podemos enrolá-la em torno de uma roda de carro velha, esticadas, dobradas...

Se quisermos fazer com que a corrente tenha um fim prático (por exemplo, conectar dois carros, ou alguma peça a um guindaste), precisamos usar cadeados.As proteínas possuem ligações entre trechos de sua molécula, que ajudam a manter sua forma, para algum fim.Pensemos nessas ligações como os cadeados.

Na Química, fatores como alterações de pH, presença de determinadas substâncias ou até aquecimento/resfriamento promovem a quebra dessas ligações.Observa-se aí que, a quebra das ligações ou a abertura dos cadeados, no nosso modelo hipotético, tira a utilidade da proteína.

Outra metáfora que podemos usar para descrever o comportamento das proteínas é a de uma chave (proteína) de Gálio, que deve abrir uma fechadura (ativar uma enzima). O Gálio é um metal com ponto de fusão extremamente baixo, de cerca de 30º C.Imagine uma chave feita desse material.Quando sólida, a chave poderia facilmente abrir uma fechadura, mas se qualquer um de nós a segurasse por muito tempo, teríamos Gálio líquido nas mãos, pois a temperatura corporal oscila entre 36º C e 37º C.Ou seja, o aquecimento da chave faz com que ela não consiga abrir a fechadura.

Esses e outros fatores podem ser previstos, ou melhor, calculados.Não são cálculos simples, mesmo para um computador relativamente bom (o Core i7 do qual falei). Para isso, são necessários os supercomputadores, que não são baratos.O Tupã, por exemplo, custou R$ 50 milhões.Isso torna o uso de um super computador algo relativamente inacessível a centros de pesquisa menores.

A solução encontrada para isso se chama computação distribuída.Basicamente, ao invés de termos vários computadores concentrados em um único local, existem milhares de computadores espalhados mundo afora, que, ao serem conectados a um servidor central, atuam como um só.Um dos exemplos de "servidores centrais" de computação distribuída são os do sistema BOINC, desenvolvido pela UC Berkeley, que permite a centralização de vários projetos, que usam do tempo ocioso de computadores para processar os dados que um supercomputador teria de processar.

Existem vários projetos nos quais podemos contribuir.Sobre as proteínas as quais eu comentei, um dos projetos principais é o folding@home (lê-se folding at home).Para os que gostam de coisas mais "paranormais", temos o SETI@home (onde SETI é Search for Extraterrestrial Intelligence), promovido através do BOINC.

Mais para frente, comentarei sobre o que é um FLOP e sobre o uso de PS3s para a formação de clusters.


Até a próxima.



Tuesday, January 29, 2013

Pais e Filhos

Olá a todos.

Andando pelo Youtube, encontrei esse vídeo.Trata-se de uma apresentação feita pela banda Legião Urbana (um dos excelentes representantes da música nacional), na qual Renato Russo comenta sobre o real significado da letra da música Pais e Filhos.Vale a pena assistir.





Até a próxima.

Monday, January 28, 2013

Softwares para Matemática

Olá a todos.


Como uma pessoa que gosta bastante de matemática, procurei (e encontrei) alguns softwares interessantes, que ajudam a fugir da calculadora do Windows ou do celular.


wxMaxima


Screenshot do wxMaxima no Windows 7.Fonte:Sourceforge

O wxMaxima é um programa gratuito, que serve como interface para a engine Maxima, que é um sistema responsável por efetuar cálculos algébricos.Algumas das funções especiais do wxMaxima são a plotagem de gráficos em 2D ou 3D, além de permitir a solução de problemas e o uso de Derivação e Integração de funções.Pelo que pesquisei sobre o wxMaxima, existem até plugins para exportação de cálculos matemáticos para FORTRAN (linguagem da década de 60 amplamente usada pela sua versatilidade com cálculos matemáticos).



Screenshot do Crispy Plotter no Windows 7.Fonte:Sourceforge

Podemos considerar o Crispy Plotter como uma versão bem mais simplificada do wxMaxima.E ressalte o bem mesmo, pois esse programa, que é open-source, possibilita apenas a geração de gráficos.Ele é uma excelente ferramenta para aqueles momentos em que precisamos plotar gráficos rapidamente, além de ter uma interface clara (ao contrário do wxMaxima, que pode repelir usuários menos avançados).Outro fator interessante é que o Crispy Plotter permite salvar as funções e cálculos realizados.



Screenshot do Math.Fonte:Wikipédia.

O Math é um editor LaTeX. Traduzindo em curtas linhas, ele possibilita a geração de fórmulas matemáticas em um bom formato, amplamente usado em trabalhos acadêmicos e na própria Wikipédia (sem brincadeiras). Não é tão difícil de usar. Para baixar o Math, é necessário baixar a suíte Open/Libre/BROffice, o que também é uma boa dica.




Screenshot do Algeo Graphing Calculator.Fonte:Play Store.

Se eu tinha comentado que o Crispy Plotter era uma boa solução para plotar gráficos rapidamente, o Algeo Graphing Solution também pode ser considerada uma boa solução para tal. A diferença é que o Algeo é um aplicativo para celulares Android, como se pode ver no screenshot acima.Ele está disponível gratuitamente na Play Store.



Apesar de não fornecer a plotagem de gráficos, o RealCalc é uma excelente calculadora científica para Android, igualmente disposta gratuitamente na Play Store. Um dos seus diferenciais é a disponibilização de uma série de constantes físicas e química (como a aceleração gravitacional ou o número de Planck).



Até mais.

PS:Para maiores detalhes, clique no nome do software.



Sunday, January 27, 2013

Thursday, January 24, 2013

A informática em 2002

Olá a todos.

Nota:Para entrar no clima de nostalgia, assista esse vídeo: 

Espero que você saiba dizer do que se trata :D

Estive olhando algumas revistas antigas que tenho em minha casa, quando achei esse exemplar da INFO, de Fevereiro de 2002.

A capa

Como toda área tecnológica, a Informática alterou-se drasticamente com o passar do tempo. Caso você não saiba do que se trata o vídeo que postei no início desse post, é o som de início de conexão de internet discada (Discadores gratuitos, conexões a noite e de madrugada, 6KB/s era pretexto para se gabar, ou seja, tempos bons que felizmente não voltam mais).

A Palm, por exemplo.Antes do aparecimento da primeira versão do iPhone, a Palm já comercializava seus palmtops com câmeras, armazenamento SD, reprodução de MP3, e principalmente telas touchscreen, usadas com a simpática canetinha stylus que acompanhava cada Palm. Hoje em dia, ninguém ouve mais falar de palmtop. O mais perto que se chega é um smartphone, quando não o iPhone.


Essa matéria, na revista, mostrava 40 aplicativos ou dispositivos que serviriam para dar algumas funções a mais para o Palm (que de fábrica vinha apenas com um editor de planilhas e despesas, fora um browser, a câmera digital, quando presente, e a entrada SD). Basta trocar Palm por iPhone, que é possível ver que a situação não mudou tanto. Temos bases com bateria auxiliar, além de programas e dispositivos auxiliares. O teor do software/hardware muda levemente, afinal, o público alvo do palmtop era composto por executivos e empresários que precisavam de uma agenda eletrônica (outra coisa do passado) mais desenvolvida. Um palmtop não era uma coisa que se pensava em ver na mão de uma criança. Já vi crianças com iPhones na mão.

(Nota:Um dos dispositivos que mais me chamou a atenção nessa reportagem era uma impressora portátil, que imprimia no formato A6, metade da metade de uma folha A4 sulfite.Teremos a iPrinter?)


Vamos dar seguimento a essa retrospectiva embalada pelo som nostálgico dos discadores.



 Lembro me bem quando os pen drives de 1GB custavam cerca de R$80. Era uma novidade, assim como todo artefato tecnológico no começo de sua vida comercial. O que se mostrava mais acessível nessa época eram os reprodutores baratos de MP3, que tinham o formato de um pendrive e armazenavam incríveis 256MB.É possível observar a influência do disquete como padrão de armazenamento portátil na propaganda (afinal de contas, não é fascinante passar de 1.44MB para 64MB?).

Aproveitando a deixa do armazenamento, temos a promessa de armazenamento ilimitado (como no Yahoo Mail) ou quando não ilimitado, com contínua expansão (como o GMail).E em 2002?Vejam essa avaliação:



Netscape? Alguém se lembra do Netscape Navigator?E, de graça, temos 1MB de armazenamento.Dá para armazenar três powerpoints chatos enviados por algum contato.Como evoluiu-se em 11 anos.Nessa época, armazenar arquivos em e-mail e usar o e-mail no browser para comunicação instantânea era um sonho.E falando em IM, olhe o que achei:


Nessa época eu não utilizava programas de IM, e o Skype seria visto como uma reinvenção da roda (afinal de contas, para que usar um computador para falar com outra pessoa através da internet discada?). A AOL ainda era uma empresa de porte considerável no Brasil e o ICQ ainda era amplamente usado.ICQ!

Em um post falando sobre a tecnologia, não posso deixar de falar da questão dos preços e dos próprios avanços de hardware.Vamos observar esses anúncios de micros da antiga Compaq, quando era uma empresa independente.Saudosas épocas onde os sonhos das demais crianças era ter algum brinquedo em especial, e o meu sonho era ter um notebook da Compaq ou um Thinkpad da IBM...






Pentium III, 1Ghz.256 de RAM.30GB DE HD!Meu Deus, tem um LEITOR de DVD!Com Windows 98 ORIGINAL! A época, seria algo que deixaria um Sony Vaio no chinelo.





Esses daqui são os mais "acessíveis".Custam entre 4500 e 3700 reais, mas não devem ser desprezados. 800Mhz não era processador para se jogar fora.Fax modem (o dispositivo usado para acessar a internet) então, era algo para se destacar.O primeiro está piorzinho, afinal, meu pendrive tem hoje 8GB. No segundo, provavelmente a empresa compadeceu-se do rico (R$ 4400 é dinheiro, e não é pouco) coitado, e o presenteou com mais 64MB de memória RAM.






Alguém se lembra desse carinha? Quando criança, achava muito legal esse computador, principalmente o seu desenho:



Agora, para fechar com chave de ouro, um dos jogos que mais marcou a vida das crianças que acessavam as Lan Houses:


Da época na qual se originou, o Counter Strike é um dos poucos softwares (fora o XP, talvez) que ainda continua popular. Quem possui steam (ou até quem não tem conta) pode observar que existem milhares de servidores de Counter Strike 1.6 (que mostrou-se um dos melhores), ora lotados, ora com um bom número de jogadores. Uma coisa que eu gosto do velho e bom CS é que ele é um jogo legal que não exige muito hardware para rodar. 

Em suma, o CS foi um jogo que permitiu a quebra do ciclo vicioso "melhora o hardware, melhora o jogo", que tende a ferrar com a vida dos jogadores menos abonados (nota-se alguma semelhança com a política do café com leite?). Joguei CS tanto em um Pentium 3 de 700Mhz, com 256MB de RAM e um HD de 80GB (que a época era algo considerável), como com o meu micro atual, um Core i5. Ou seja, o CS foi um jogo relativamente democrático, onde pessoas das mais variadas condições, seja com PCs preparados, seja em Lan Houses, poderiam jogar juntos e experimentar o clima dos jogos multiplayer.


Saudosa Lan House, Lan House querida.....


Essa reflexão acerca do CS fica para depois. Até mais!










Wednesday, January 23, 2013

Hospedagem gratuita, sem propaganda?

Olá a todos.

Desde que aprendemos as primeiras tags do HTML, editadas pacientemente no Bloco de Notas do Windows, pensamos em ver as primeiras páginas que criamos, ou seja, páginas sem CSS, sem Javascript, sem animações em Flash, repletas de frames e gifs, como algumas das piores páginas do finado Geocities, do Yahoo (Geocities fica para outro dia), em um navegador.

Para os que não migraram para os blogs, por uma questão de praticidade, o jeito foi procurar serviços de hospedagem gratuita. Muitos deles eram (e ainda são) sinônimos de propagandas junto as páginas.Nada contra essa prática (afinal de contas, almoço grátis não existe), mas para quem quer desenvolver algo mais profissional, ou até monetizar o fruto das suas horas de código, fica difícil.

Nessas andanças, achei um provedor de hospedagem gratuito extremamente interessante, o $0.00 Webhost Uma coisa que me atraiu bastante com o $0.00 Webhost são os recursos fornecidos.Cada site do provedor tem direito a 5 contas de e-mail, domínio gratuito (não espere um .com, .net), bancos de dados baseados em MySQL e PHP. Como eu estava programando em PHP a época, pensei "é esse.".

Ele exibe propagandas nas páginas do seu site?NÃO!Concordo que é curioso, mas pelo que eu entendi do site, eles fornecem tanto uma opção paga (menos de US$ 5 por mês) com mais recursos, incluindo suporte a Ruby On Rails e CGI, por exemplo, além do tradicional suporte por telefone.

Quanto ao uptime, eles afirmam que fornecem 99% de uptime para os clientes do plano gratuito e 99,9% para os clientes do plano pago. Segundo eles (e essa página), eles cumprem esse requisito. Não que para mim faça tanta diferença (em um mês, 0,9% a mais de uptime representaria 6h de quedas a menos), mas não deixa de ser uma boa constatação.

Aos amigos programadores/webdesigners, fica a dica! Você pode acessar o 0.00 Webhost através desse link.



Até a próxima.

Como engraxar sapatos

Olá a todos.

ATENÇÃO:Esse tutorial foi feito com o intuito de ajudá-lo a engraxar seus sapatos.Qualquer problema causado pelo engraxamento inadequado é de responsabilidade da pessoa quem engraxou.Siga esses passos por própria conta e risco.
Em curtas linhas, se você fizer noobice, a culpa não é minha.


Nesse post tentarei explicar como se engraxa um sapato.Pouquíssimas pessoas fazem isso hoje em dia, principalmente devido a popularização dos tênis. Engraxar sapatos de couro é uma prática que ajuda na conservação do sapato, principalmente na parte estética, deixando o sapato mais bonito.

Para engraxar um par de sapatos, são necessários os seguintes materiais:




  • Uma escova de dentes velha
  • Graxa para sapato (também conhecida como pasta para calçados)
  • Uma escova própria para sapatos 
  • Um pedaço de pano liso, como uma camisa velha. (Não aparece na foto, mas...)
Munido desses materiais, temos os seguintes passos:

Limpar os sapatos

Para limpar os sapatos, use a escova para sapatos, e retire do sapato qualquer tipo de sujeira visível.Esse procedimento deve ser feito em toda a área que será engraxada.Não é necessário aplicar muita pressão na escova, bastando passá-la de leve na superfície do calçado.

Engraxar

Devemos pegar a escova de dentes velha e a graxa para sapato para esse passo.A graxa de sapato que uso possui aspecto de um sólido amolecido (menos duro que a parafina, mas não chega a ser algo líquido):


Passe a escova na graxa, aplicando uma leve pressão, para impregná-la de graxa.Depois, cubra as áreas a serem engraxadas com a graxa, passando a escova.Ao passar a graxa no sapato, deve-se observar que a superfície engraxada fica um pouco menos brilhante, reflexiva:


Esse procedimento deverá ser feito para toda a área a ser engraxada.


Primeiro Polimento

O primeiro polimento do sapato engraxado é feito com a escova para sapatos, passando-a na superfície do sapato da mesma maneira como se fez na limpeza, levemente e abrangendo toda a superfície.Ao final dessa fase, já será possível observar certo brilho no sapato.

Lustrar

Para lustrar o sapato, deve-se usar o pano velho mencionado na lista de materiais, e fazer um movimento semelhante ao da limpeza e do primeiro polimento, usando-o.O sapato deverá apresentar maior brilho.


Findos esses quatro passos, o seu sapato estará engraxado.

Valem algumas dicas:

  • Até onde eu sei, só podem ser engraxados sapatos de couro, ou partes de couro em sapatos compostos.
  • Cheque antes do primeiro polimento, procurando por eventuais falhas de deposição de graxa ou áreas não cobertas (como os pontos cinza a esquerda do balão, na foto acima).
  • Deixe os seus sapatos secando por um tempo antes de voltar a usá-los.Isso ajuda a preservar a graxa do sapato.
Até a próxima!



Tuesday, January 22, 2013

Resistor de Grafite

Olá a todos.

Em uma de minhas várias andanças pelo youtube, achei o vídeo ao lado.

Em linhas curtas, o autor do vídeo explora as propriedades condutoras da grafite, a fim de fazer pequenos circuitos elétricos.

Interessado pelo vídeo, decidi tentar fazer algo do tipo em minha casa.Não cheguei a construir um circuito propriamente dito, mas digamos que eu estudei um pouco das propriedades condutivas da grafite (sim, grafite escreve-se como feminino).


Primeiramente, eu fiz alguns rascunhos, usando lápis de vários tipos.Usei os lápis 6B,4B e 2B, além de dois tipos de HB.Um HB da Faber Castell, comprado recentemente, e um HB sem marca, ganho de brinde em um vestibular.

Como inicialmente pensei em estudar a resistividade da grafite, criei várias áreas determinadas no papel ( de 1cm de altura por 6cm de largura cada), preenchendo-as com cada tipo de lápis e usei um multímetro (na verdade um ohmímetro) para medir a resistência de cada trecho.A fim de garantir uma cobertura uniforme, passei os lápis em cima das respectivas áreas até não perceber mais alterações significativas na cobertura ou na leitura do ohmímetro.

Encontrei algumas coisas curiosas, conforme vocês podem constatar na figura abaixo:

Desculpem a letra.

Primeira curiosidade:A resistividade de cada tipo de grafite não aumenta de acordo com uma sequência linear.

Como o "número" do lápis é dado de acordo com a tonalidade da grafite usada, pressupõe-se que devem haver níveis de pureza da grafite usada (a fim de ter uma grafite preta como carvão, pura, ou de ter uma grafite não tão pura, mas que deixe a sua marca no papel, como acontece com os lápis HB).Isso não parece acontecer, pois a condutividade não aumentou em uma sequência bem definida.

Segunda curiosidade:O mesmo tipo de lápis pode apresentar diferentes condutividades.

Quando terminei de fazer os testes, decidi verificar se não estava medindo a condutividade do papel por acidente.Depois de medir a condutividade do papel (que mesmo com o ohmímetro na marca dos 200  Megaohms, passou da escala), pensei em testar com outro lápis que tinha em meu estojo, também HB, mas da Faber Castell.A diferença é considerável.O HB sem marca conhecida (ganhei de brinde quando fiz uma visita na casa da Dona FUVEST) apresentou nesse trecho uma resistência de 13 Megaohms, enquanto o Faber apresentou 2,2 Megaohms).

Com esses dados em mãos, pensei em desenhar resistores funcionais.Seria interessante que, com um lápis, um pedaço de papel e um multímetro (menos de R$25), fosse possível o estudo da eletricidade, um curioso experimento de física:


Sem grande esforço, consegui medir resistores desde 15 Kiloohms até 18 0Kiloohms, desenhando-os no papel.Em série, os resistores desenhados apresentaram performance próxima a esperada, vide a única ligação em série presente na ilustração, que deveria ter uma resistência teórica aproximada de 330 Megaohms (sim, a figura está errada), tendo sido aferidos 350 Kiloohms.

Em paralelo, todavia, a diferença entre o valor teórico e o prático foi mais evidente.Por exemplo, nas duas associações em paralelo presentes no canto inferior direito da imagem, deveriam ter sido aferidos como valores de resistências resultantes 54,5 Kiloohms e 6,9 Kiloohms.Todavia, foram medidos 152,3 Kiloohms e 14,5 Kiloohms.

Possivelmente isso se deve ao fato de que, ainda que a grafite seja condutora de eletricidade, ela não é um dos melhores materiais condutores (até porque, se fosse, lápis seriam usados para fazer cabos de eletricidade, não para serem gastos em papéis). Isso faz com que a resistência da associação seja ampliada, de maneira indesejada.

Agora, vocês possivelmente devem ter observado que um dos resistores está levemente manchado na figura. Como estava buscando alguma aplicação prática para isso (e barata), achei uma pequena lâmpada de 5W (a 127V) e um pequeno soquete.Tentei fazer com que houvesse passagem de corrente pelo resistor desenhado, sem sucesso.Por acidente, aproximei os dois terminais da lâmpada perto da região queimada, e o arco voltaico gerado queimou parte do papel, gerando um pequeno buraco.

Porque a grafite conduz eletricidade? Bom, digamos que essa é uma questão mais para a química, pretendo destrinchá-la mais a frente.


Até mais!





Monday, January 21, 2013

Sejam bem vindos!

Boa noite, caros leitores!



Sejam bem vindos ao meu novo blog, o meu playground.Como vocês podem deduzir, meu nome é Rafael.


Aqui vocês encontrarão textos dos mais variados tipos.Resenhas, opiniões, dicas, conteúdos escolares, crônicas...de tudo um pouco.





Obrigado pela atenção.