Thursday, January 24, 2013

A informática em 2002

Olá a todos.

Nota:Para entrar no clima de nostalgia, assista esse vídeo: 

Espero que você saiba dizer do que se trata :D

Estive olhando algumas revistas antigas que tenho em minha casa, quando achei esse exemplar da INFO, de Fevereiro de 2002.

A capa

Como toda área tecnológica, a Informática alterou-se drasticamente com o passar do tempo. Caso você não saiba do que se trata o vídeo que postei no início desse post, é o som de início de conexão de internet discada (Discadores gratuitos, conexões a noite e de madrugada, 6KB/s era pretexto para se gabar, ou seja, tempos bons que felizmente não voltam mais).

A Palm, por exemplo.Antes do aparecimento da primeira versão do iPhone, a Palm já comercializava seus palmtops com câmeras, armazenamento SD, reprodução de MP3, e principalmente telas touchscreen, usadas com a simpática canetinha stylus que acompanhava cada Palm. Hoje em dia, ninguém ouve mais falar de palmtop. O mais perto que se chega é um smartphone, quando não o iPhone.


Essa matéria, na revista, mostrava 40 aplicativos ou dispositivos que serviriam para dar algumas funções a mais para o Palm (que de fábrica vinha apenas com um editor de planilhas e despesas, fora um browser, a câmera digital, quando presente, e a entrada SD). Basta trocar Palm por iPhone, que é possível ver que a situação não mudou tanto. Temos bases com bateria auxiliar, além de programas e dispositivos auxiliares. O teor do software/hardware muda levemente, afinal, o público alvo do palmtop era composto por executivos e empresários que precisavam de uma agenda eletrônica (outra coisa do passado) mais desenvolvida. Um palmtop não era uma coisa que se pensava em ver na mão de uma criança. Já vi crianças com iPhones na mão.

(Nota:Um dos dispositivos que mais me chamou a atenção nessa reportagem era uma impressora portátil, que imprimia no formato A6, metade da metade de uma folha A4 sulfite.Teremos a iPrinter?)


Vamos dar seguimento a essa retrospectiva embalada pelo som nostálgico dos discadores.



 Lembro me bem quando os pen drives de 1GB custavam cerca de R$80. Era uma novidade, assim como todo artefato tecnológico no começo de sua vida comercial. O que se mostrava mais acessível nessa época eram os reprodutores baratos de MP3, que tinham o formato de um pendrive e armazenavam incríveis 256MB.É possível observar a influência do disquete como padrão de armazenamento portátil na propaganda (afinal de contas, não é fascinante passar de 1.44MB para 64MB?).

Aproveitando a deixa do armazenamento, temos a promessa de armazenamento ilimitado (como no Yahoo Mail) ou quando não ilimitado, com contínua expansão (como o GMail).E em 2002?Vejam essa avaliação:



Netscape? Alguém se lembra do Netscape Navigator?E, de graça, temos 1MB de armazenamento.Dá para armazenar três powerpoints chatos enviados por algum contato.Como evoluiu-se em 11 anos.Nessa época, armazenar arquivos em e-mail e usar o e-mail no browser para comunicação instantânea era um sonho.E falando em IM, olhe o que achei:


Nessa época eu não utilizava programas de IM, e o Skype seria visto como uma reinvenção da roda (afinal de contas, para que usar um computador para falar com outra pessoa através da internet discada?). A AOL ainda era uma empresa de porte considerável no Brasil e o ICQ ainda era amplamente usado.ICQ!

Em um post falando sobre a tecnologia, não posso deixar de falar da questão dos preços e dos próprios avanços de hardware.Vamos observar esses anúncios de micros da antiga Compaq, quando era uma empresa independente.Saudosas épocas onde os sonhos das demais crianças era ter algum brinquedo em especial, e o meu sonho era ter um notebook da Compaq ou um Thinkpad da IBM...






Pentium III, 1Ghz.256 de RAM.30GB DE HD!Meu Deus, tem um LEITOR de DVD!Com Windows 98 ORIGINAL! A época, seria algo que deixaria um Sony Vaio no chinelo.





Esses daqui são os mais "acessíveis".Custam entre 4500 e 3700 reais, mas não devem ser desprezados. 800Mhz não era processador para se jogar fora.Fax modem (o dispositivo usado para acessar a internet) então, era algo para se destacar.O primeiro está piorzinho, afinal, meu pendrive tem hoje 8GB. No segundo, provavelmente a empresa compadeceu-se do rico (R$ 4400 é dinheiro, e não é pouco) coitado, e o presenteou com mais 64MB de memória RAM.






Alguém se lembra desse carinha? Quando criança, achava muito legal esse computador, principalmente o seu desenho:



Agora, para fechar com chave de ouro, um dos jogos que mais marcou a vida das crianças que acessavam as Lan Houses:


Da época na qual se originou, o Counter Strike é um dos poucos softwares (fora o XP, talvez) que ainda continua popular. Quem possui steam (ou até quem não tem conta) pode observar que existem milhares de servidores de Counter Strike 1.6 (que mostrou-se um dos melhores), ora lotados, ora com um bom número de jogadores. Uma coisa que eu gosto do velho e bom CS é que ele é um jogo legal que não exige muito hardware para rodar. 

Em suma, o CS foi um jogo que permitiu a quebra do ciclo vicioso "melhora o hardware, melhora o jogo", que tende a ferrar com a vida dos jogadores menos abonados (nota-se alguma semelhança com a política do café com leite?). Joguei CS tanto em um Pentium 3 de 700Mhz, com 256MB de RAM e um HD de 80GB (que a época era algo considerável), como com o meu micro atual, um Core i5. Ou seja, o CS foi um jogo relativamente democrático, onde pessoas das mais variadas condições, seja com PCs preparados, seja em Lan Houses, poderiam jogar juntos e experimentar o clima dos jogos multiplayer.


Saudosa Lan House, Lan House querida.....


Essa reflexão acerca do CS fica para depois. Até mais!










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